quinta-feira, 22 de julho de 2010

"Seria possivel a qualquer cão, mas sobretudo a um cão amalucado e desvairado mostrar aos humanos as coisas realmente importantes da vida? Eu acredito que sim... LEALDADE. CORAGEM. DEVOÇÃO. SIMPLICIDADE. ALEGRIA. E também as coisas não importantes. Um cão não tem necessidade nenhuma de carros sofisticados e roupas da moda, um cão nao julga os outros pela cor da pele, credo religioso ou classe social, mas sim pelo que elas têm dentro de si mesmas. Um cão nao se interessa em saber se somos ricos ou pobres, educados ou iletrados, burros ou inteligentes. Dêem-lhe o vosso coração e ele dar-vos-á o seu. As coisas...são na realidade bastante simples, e no entanto somos nós, os ditos seres muito sábios e muito mais sofisticados, nós os humanos quem sempre teve e continua a ter muita muita dificuldade em discernir o que é realmente importante do que NÃO o é..."

in Marley e eu

2 comentários:

  1. Ainda acredito haver pessoas tão boas... como esse cão ;))))

    Bjos

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  2. "Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto de animais", a minha vida, a minha profissão não era possivel sem eles, não sou nenhuma maluquinha que tem 100 cães em casa a defecarem debaixo da cama, mas sinto que lhes devo muito, muitíssimo e sinto que eles são muitas vezes menosprezados e tratados como coisas, como se não tivessem sentimentos.
    Porque facilmente conseguimos "desculpar", compreender e até sentir pena de um menino que nasceu dentro da toxicodependência e da violência se torne toxicodependente e violento, mas jamais compreendemos que um cão que nasceu no meio da agressividade e falta de educação se torne agressivo. Claro que têm que ser educados (pelos seres superiores e racionais), claro que têm que lhes ser impostos limites (pelos seres superiores e racionais), claro que têm que ser passeados na rua de trela (pelos seres superiores e racionais), e se não se souberem comportar, tem que lhes ser colocado um açaime (pelos seres superiores e racionais).
    Porque não têm capacidade de se defender, de se explicar por palavras sinto que alguém tem que falar por eles. Não entendo porque os culpam quando lhes chamam irracionais. Claro que não têm a nossa “racionalidade”, claro que não mas estão longe de ser irracionais. Não quando nos lambem as lágrimas, não quando se deitam ao pé de nós porque estamos tristes, não quando nos pedem atenção para uma brincadeira ou choram quando saímos de casa.
    Porque por mais que não concordem comigo e me chamem irracional não compreendo frieza relativamente a animais, não a suporto, não a tolero, não acho graça e não consigo conviver com ela. E mais, por muito que se choquem não consigo gostar ou simpatizar com alguém que não faça uma festa a um cão, que não lhes ache graça, que comece aos gritos quando vê um Chihuahua. Se é racional? Não. Se tenho culpa de ser assim? Não. Se sou assim? Sou, e pretendo continuar a ser.

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