Saímos de C. pela manhã ansiosas por chegar ao nosso destino, mas para isso tínhamos um longo caminho a percorrer…
Depois da estação de C. a estação de Campanhã no Porto aguardava-nos, o metro levou-nos ao aeroporto, aqui a excitação aumentava de segundo para segundo, nem queríamos acreditar que uma simples conversa de cantina, e a empolgação de alguns membros nos tinham trazido ali, íamos mesmo para Paris, para a cidade luz, agora sabíamos era verdade!!
Ás 14h10minutos saímos do Porto, com um sol radiante! O voo da Easy Get correu bem, pelo menos para mim que não tinha nenhuma outra experiencia para comparar… Ás 17h20 minutos estávamos em CDG, em PARIS (finalmente), onde já estava a anoitecer e a choviscar. Saímos no terminal 2 B, e fomos procurar as nossas malas. Com as malas na mão, vimos mais uma etapa ultrapassada, o que seria de nós se nos perdessem as malas com toda a tralha de que precisávamos?
A viagem de RER até ao centro de Paris é demorada e cara (8,20€), e à hora de ponta torna-se complicada, com as malas. O que fomos avistando das janelas, os subúrbios de Paris, são tudo menos parecidos com as imagens da Paris turística, mas nada que nos abalasse o ânimo.
Numa esplanada une madame parisienne, completamente alheia à chuva que caía bebericava um cálice de vinho, beliscava uns crackers e lia um livro, como se o mundo lá fora não existisse, como se fosse só ela e o seu livro. Estávamos em Paris!!
Chegadas a rue de L´Université, mais uma vez orientadas pela C. e pela R. que recordavam mais ou menos o caminho, estávamos naquela que por 7 dias iria ser a nossa casa. Tocámos então à campainha que indicava ser o do porteiro daquele enorme portão verde do antigo prédio. Como o prédio é antigo, como a maioria dos prédios do 7eme o elevador era apertado pelo que nos fomos revezando (e ás enormes malas) para chegarmos ao destino final do nosso dia.
Ao chegar ao 4º andar encontrei a K. completamente eufórica e fixada a olhar pela nossa janela, depois de uma breve olhadela á casa, que parecia muito limpa (lol) e muito acolhedora fui ter com ela e eu própria fiquei perplexa, da nossa janela de Paris víamos lá ao longe o Sacré Coeur iluminado, uma visão impossível de descrever e de esquecer, víamos a cúpula de um edifício que concluímos uns dias mais tarde ser a tão afamada ópera, víamos o Sena, víamos todos os prédios que pareciam monumentos, quisemos abrir a janela e respirar Paris.
Qual “ Janela Indiscreta” olhámos para o prédio em frente, não somos bisbilhoteiras, mas nós temos olhos e eles não tem persianas, o que podemos fazer? Os apartamentos eram simplesmente perfeitos com franceses de 50 cm, como diria a K., que corriam pelas casas decoradas da forma mais encantadora e charmosa, mas ao mesmo tempo acolhedora que alguma vez tínhamos visto, para resumir, mais perfeitas do que num filme ou numa revista de decoração. Desculpem-nos os nossos queridos vizinhos que nunca conhecemos, por este momento de cusquisse extrema, mas visitar uma nova cidade também é isso ver como vivem outras pessoas outras culturas, outras economias por assim dizer, e nada melhor para nos dar uma ideia do que a casa dessas pessoas se para isso for preciso recorrer à bisbilhotice, so it is.
Que belo relato
ResponderEliminaragora falta os restantes dias
fico a espera e com fotos se possivel :-)
eu ja estive 2 vezes em Paris e adorei a cidade luz
bjoooo